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PALESTRA

“A Caminho da Luz”

JOIAS DA LITERATURA ESPÍRITA

 

 

“A Caminho da Luz”

 

                                                                                     Weimar Muniz de Oliveira

         Já  se disse que a Literatura Espírita não tem paralelo na Literatura Universal, no que eu me vejo na obrigação de concordar, o que não é desdouro para os maiores cérebros da humanidade.

        Cito como exemplo Victor Marie Hugo (1802 – 1885)[1], dos maiores vates de todos os tempos, que, não obstante seus best sellers mundiais (“Os Miseráveis”, “Notre Dame de Paris”, “A Legenda dos Séculos”, “Os Trabalhadores do Mar” e outros), não se diminui por isso, mas, ao contrário, engrandece-se, por seu status de imortalidade, podendo, como espírito, livre dos empeços do corpo físico, produzir obras ainda maiores, como as ditadas à Zilda Gama (“Na Sombra e na Luz”, “Do Calvário ao Infinito”, “Dor Suprema”, Redenção, etc.), em que se entremostra com o seu portentoso e inigualável estilo, por uma razão muito simples: enquanto suas obras primas deixadas na Terra limitam-se aos episódios humanos, num mundo de relações sociais e políticas apenas, as suas obras psicografadas, não menos primorosas, extrapolam os limites meramente terrenos, para se imporem num sistema mais amplo de universalidade.

 

         2 – Trago-lhe, hoje, amigo leitor, uma das mais belas obras históricas da humanidade, originária dos anais da Espiritualidade: “A Caminho da Luz”[2], da psicografia de Chico Xavier, da autoria de Emmanuel, tido, entre nós, espíritas, como o 5º Evangelista.

         Trata-se da história geológica e antropológica do planeta Terra.

         Vou aqui levantar tão somente uma das questões relatadas no compêndio, no que tange à evolução humana no orbe.

 

         3 – Afirma Emmanuel que Jesus é membro de uma Comunidade de seres angélicos, verdadeiros Cristos, que representam o Criador perante nosso sistema solar, na administração dos mundos que orbitam nossa estrela de 5ª grandeza, o sol. Administram também outros orbes da nossa galáxia, a Via Láctea.

         Conta-se que essa Comunidade de espíritos puros reuniu-se, com respeito ao nosso planeta, por duas vezes. A primeira, há 4 bilhões e 500 milhões de anos, quando se decidiu criar mais um mundo que giraria em torno de nosso sol: a Terra.

         Reuniu-se a Comunidade, pela segunda vez, quando se decidiu que Jesus, o próprio Governador planetário, desceria à Terra, há dois mil atrás.

 

         4 – Mas, já ao final do volume, informa Emmanuel:

                   “Espíritos abnegados e esclarecidos falam-nos de uma nova reunião da comunidade das potências angélicas do sistema solar, da qual é Jesus um dos membros divinos. Reunir-se-á, de novo, a sociedade celeste, pela terceira vez, na atmosfera terrestre, desde que o Cristo recebeu a sagrada missão de abraçar e redimir a nossa Humanidade, decidindo novamente sobre os destinos do nosso mundo.

         Que resultará desse conclave dos Anjos do Infinito? Deus o sabe” (p. 210).

        

        5 – Ocorre, que temos notícia muito segura de que a esperada terceira reunião realizou-se em julho de 1969, depois que o ser humano pisou no solo lunar, com a Apolo 11.

 Ali, naquela reunião de Espíritos Angélicos, depois de horas e horas de acalorada discussão, chegou-se a um consenso sobre os destinos de nosso planeta.

 A notícia veio-nos através do próprio Chico Xavier.

Aqueles, dos mais chegados a Chico, sua vida e obra, sabemos disso.

 

         5 - Parodiando Emmanuel, eu perguntaria: qual teria sido a conclusão a que chegara esse conclave dos Anjos do Infinito?       

Aguardemos.

Todavia, tenho a certeza de que a misericórdia Divina e as intercessões do manso Cordeiro não nos faltarão, qualquer que tenha sido o resultado do  celeste conclave.  

Goiânia, 21/02/2010.

Weimar Muniz de Oliveira é magistrado aposentado, presidente da Associação Brasileira dos Magistrados Espíritas (ABRAME), presidente do Lar de Jesus, Diretor da Federação Espírita do Estado de Goiás (FEEGO) e membro do Conselho Superior da Federação Espírita Brasileira (FEB)

 

 

 

[1]  - Victor Marie Hugo, poeta, romancista e dramaturgo francês.

[2]  - Emmanuel – “A Caminho da Luz” – FEB – 18ª edição, p. 17/18.

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